Representatividade Feminina no Universo de J.K Rowling marca Dia do Orgulho Nerd Ano II
“O medo de um nome só faz aumentar o medo da própria coisa.” (Hermione Granger em Harry Potter e a Câmara Secreta)
No último domingo (28), a House Hogwarts participou do evento Dia do Orgulho Nerd - Ano II, com o painel organizado pelo Clube da Fênix com o tema "A Representatividade Feminina no Universo Mágico de J.K Rowling", que contou com as presenças de Fernanda Lucena do Clube da Fênix como mediadora, Eu (Daniela Pena) da House Hogwarts, Mariane do Canal Potterando e Marina Anderi do Potterish.
Fernanda trouxe alguns nomes de mulheres que se destacaram e continuam figuras icônicas ,no Universo de Mágico de J.K, para que pudéssemos pensar de que forma essas personagens representam o gênero feminino e até que ponto a ficção de J.K. contribui para criarmos uma cultura de respeito, empoderamento, autonomia e liberdade para as mulheres no cotidiano.
Como representante da House Hogwarts, acredito que o evento foi, acima de tudo, positivo. Ofereceu um espaço agradável para que pessoas, de repertórios culturais distintos, pudessem comunicar e trocar experiências e pontos de vista acerca do tema proposto pelo painel e outros tópicos atrelados a ele.
Sabemos que trocar experiências nem sempre é fácil. Dialogar com visões de mundo tão diferentes é um desafio, principalmente quando constatamos que cada ser humano tem uma percepção diferente da nossa. Uma simples Molly Weasley pode ser percebida de diversas formas.
Apontamentos como o da moça, que me indagou na ocasião sobre Tonks - revoltada por esta ter morrido de maneira tão brutal em HP - , me fizeram refletir sobre a representação desse e de outros personagens e os papeis 'feminino' exercidos e retratados no Universo de J.K., a exemplo do lado matriarcal de Molly (compartilhado de maneira distinta por Narcisa Malfoy); a racionalidade de Hermione Granger, a força de Minerva Mcgonagall; a sexualidade livre, por assim dizer, de Gina Weasley; a lealdade e idealismo de Bellatrix Lestrange até a leveza e carência de Sybilla Trelawney (ufa!). Muitas imagens e sensações atravessaram o meu corpo quando recordei a primeira vez que entrei em contato com essas mulheres e os 'papeis' que elas 'encarnam' na trama. A moça inquieta sobre o destino de Tonks deve ter sentido o quão difícil foi ver uma mulher altiva, como Ninfadora, ser morta daquela maneira aterradora. Hogwarts estava em guerra e as mulheres não se esconderam, como não se escondem muitas vezes das atrocidades do mundo real. O que Tonks representa como figura Feminina para essa moça ficou registrado no evento sobre forma de protesto, a meu ver.
Apontamentos como o da moça, que me indagou na ocasião sobre Tonks - revoltada por esta ter morrido de maneira tão brutal em HP - , me fizeram refletir sobre a representação desse e de outros personagens e os papeis 'feminino' exercidos e retratados no Universo de J.K., a exemplo do lado matriarcal de Molly (compartilhado de maneira distinta por Narcisa Malfoy); a racionalidade de Hermione Granger, a força de Minerva Mcgonagall; a sexualidade livre, por assim dizer, de Gina Weasley; a lealdade e idealismo de Bellatrix Lestrange até a leveza e carência de Sybilla Trelawney (ufa!). Muitas imagens e sensações atravessaram o meu corpo quando recordei a primeira vez que entrei em contato com essas mulheres e os 'papeis' que elas 'encarnam' na trama. A moça inquieta sobre o destino de Tonks deve ter sentido o quão difícil foi ver uma mulher altiva, como Ninfadora, ser morta daquela maneira aterradora. Hogwarts estava em guerra e as mulheres não se esconderam, como não se escondem muitas vezes das atrocidades do mundo real. O que Tonks representa como figura Feminina para essa moça ficou registrado no evento sobre forma de protesto, a meu ver.
Da nova safra, surge Animais Fantásticos e Onde Habitam, com mulheres que evocam, no mínimo, uma reflexão de questionar sobre o que J.K. está querendo nos dizer, com esse frequente 'girl power' em sua obra? Quem são essas mulheres dos 'novos tempos' e o que elas nos provocam?
O papel distinto, forte, autônomo e protagonista das Mulheres de J.K., nos faz crer que a produção desta, com tamanha amplitude e aceitação do público, é primordial e uma janela para discutirmos quais caminhos "Jô" percorreu para criar facetas femininas que assumem posições de risco, dor, renúncia e plenitude: Mulheres que falam, questionam, lutam.
Não é de hoje que nós da House Hogwarts defendemos a criação de espaços que proporcionem aos leitores uma experiência reveladora e significativa sobre o que é lido. Um exemplo disso é que vimos, desde 2001, estabelecendo relações e diálogos com essas pessoas a fim também de identificar uma maneira de tornar a leitura que consumimos uma atividade mais responsável e ampliadora da nossa visão de mundo.
Portanto, quando, a partir da ficção, um grupo de atores sociais resolve criar um evento que, além de propor o divertimento, traz o questionamento sobre a existência humana e como estabelecemos nossas relações sociais, fortalecem-se então, não só uma cadeia produtiva dessa cultura, mas o indivíduo que tem a possibilidade ímpar de discutir as nossas relações com tais narrativas e o mundo. Dialogar, debater, questionar e perceber como cada pessoa se posiciona sobre o que é apreciado é fundamental para encontramos a tão sonhada ação em prol de uma sociedade mais justa e igualitária. Por isso, deixamos aqui o nosso agradecimento e externamos o nosso orgulho de participar de uma proposta tão plena de oportunidades de crescimento. Quem ganha somos todos nós!
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Eu juro solenemente não fazer nada de bom.