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Harry Potter: A History of Magic divulga o manuscrito inicial descartado de "Harry Potter e a Pedra Filosofal".


A exposição "Harry Potter: A History of Magic" que deu espaço para o lançamento do livro de mesmo nome, publicado pela Biblioteca Britânica é um livro que reúne artefatos do mundo bruxo de J.K Rowling e da história da magia no mundo real. Algo que chamou atenção dos fãs foram os diversos manuscritos da saga "Harry Potter" que foram descartados e estão presentes no livro, mas em especial este: se trata de um prólogo de Harry Potter e a Pedra Filosofal, primeiro livro da saga.

Algo que é bastante curioso neste manuscrito é a semelhança com o primeiro capítulo de "Harry Potter e o Enigma do Príncipe", o que nos faz acreditar que Rowling abandonou a ideia mas com a intenção de usá-la mais adiante de alguma forma.

Confira abaixo o manuscrito traduzido pela equipe do Animagos:

Manuscrito inicial descartado de "Harry Potter e a Pedra Filosofal"
Traduzido por: Igor Moretto
Revisado por: Renato Delgado
Créditos totais a: www.animagos.com.br

“Sua gente?”

“Sim… nossa gente. Nós que estamos desaparecendo. Estamos todos escondidos agora. Mas não posso te contar muito sobre nós. Não dá pros trouxas saberem sobre nossas coisas. Mas isso está saindo do controle, e vocês, trouxas, estão se envolvendo – aqueles no trem, por exemplo – não deviam ter se machucado daquele jeito. É por isso que Dumbledore mandou eu vir. Ele diz que agora isso é problema seu também.”

“Você veio para me contar por que todas essas casas estão desaparecendo?” disse Fudge, “E por que todas essas pessoas estão sendo mortas?”

“Ah, para falar a verdade não sabemos se elas foram mortas”, disse o gigante. “Ele só as pegou. Precisa delas, sabe. Ele está escolhendo as melhores. Dédalo Diggle, Elsie Bones, Angus e Elspeth McKinnon… é, ele os quer a seu lado.”

“Você está falando sobre esse anão com olhos verme -?”

“Shh!” chiou o gigante. “Não fale alto! Ele poderia estar aqui agora, pelo que sabemos!”
Fudge tremeu estremeceu e olhou descontroladamente em volta deles. “Po – poderia?”

“Calma, acho que ninguém me seguiu,” disse o gigante num sussurro agravante.

“Mas quem é esse? O que ele é? Um da – hum – sua gente?”

O gigante bufou.

“Um dia foi”, ele disse. “Mas acho que ele não é mais uma coisa que dê para nomear. Não é um humano. Não é um animal. Ele não é propriamente Queria que fosse. Ele poderia ser morto se ainda fosse humano o ‘suficiente’.”

“Ele não pode ser morto?” sussurrou Fudge, aterrorizado.

“Bem, a gente acha que não. Mas Dumbledore está trabalhando nisso. Ele tem que ser impedido, sabe?”

“Bem, sim, claro”, disse Fudge. “Não podemos ter esse tipo de coisa acontecendo…”

“Isso não é nada”, disse o gigante, “Ele está só começando. Assim que for poderoso o suficiente, assim que tiver seguidores, ninguém estará a salvo. Nem os trouxas. Mas fiquei sabendo que ele vai mantê-los vivos. Como escravos.”

Os olhos de Fudge incharam de terror.

“Mas quem é essa – essa pessoa?

“Esse Bamboldor – Danderbor -”

“Alvo Dumbledore”, disse o gigante seriamente.

“Sim, sim, ele – você disse que ele tem um plano?”

“Ah, sim. Ainda não perdemos as esperanças. Acho que Dumbledore é o único de quem ele ainda tem medo. Mas ele precisa de sua ajuda. Vim aqui para pedir.”

“Ai meu Deus”, disse Fudge sem ar, “O problema é que eu estaria estava pensando em me aposentar. Amanhã, no caso. A sra. Fudge e eu estávamos pensando em nos mudar para Portugal. Temos uma vi-”

O gigante foi para frente na cadeira, suas sobrancelhas de besouro abaixadas sobre seus olhos brilhantes.

“Você não vai estar seguro em Portugal se ele não for detido, Fudge.”

“Não vou?” disse Fudge devagar, “Ah, muito bem então… o que é que o sr. Dambolcoisa quer?”

“Dumbledore”, disse o gigante. “Três coisas. Primeiro, você precisa mandar uma mensagem para a televisão, para o rádio e para os jornais. Avise que as pessoas não devem ajudá-lo dando direções, porque é assim que ele está nos encontrando, entende? Precisam falar para ele. Ele se alimenta de traição. Não julgo os trouxas, eles não sabem o que fazem.

“Segundo, você precisa se certificar de que você não pode contar a ninguém sobre nós. Se Dumbledore conseguir derrotá-lo, você precisa jurar não sair espalhando o que sabe sobre nós. Somos discretos, entende? Queremos continuar assim.

“E terceiro, você precisa me dar uma bebida antes de eu partir. Tenho uma longa viagem para fazer.”

A cara do gigante se amassou em um sorriso por trás de sua barba selvagem.

“Ah – claro”, disse Fudge tremendo, “Sirva-se – tem um conhaque ali – e – não que eu ache que vai acontecer – quer dizer, sou um tonto – um tosco – não, um trouxa – mas se esse cara – essa coisa – vier me procurar -?”

“Você vai morrer”, disse o gigante sem rodeios através de um grande copo de conhaque. “Ninguém sobrevive se ele ataca, ninguém nunca sobreviveu. Mas como você diz, você é um trouxa. Ele não está interessado em você.”

O gigante terminou seu copo e ficou em pé. Ele tirou uma sombrinha de seu sobretudo. Era cor-de-rosa e era estampado com flores.

“Vou embora, então”, ele disse.

“Só uma coisa”, disse Fudge, assistindo curiosamente o gigante abrir a sombrinha, “Como essa – pessoa – se chama?”

O gigante de repente aparentou estar assustado.

“Não posso dizer”, ele disse, “Nós nunca dizemos. Nunca.”

Ele levantou sua sombrinha sobre sua cabeça, Fudge piscou – e o gigante desapareceu.”

✦   

Fudge imaginou, é claro, se estava ficando maluco. Ele realmente considerou a possibilidade de o gigante ter sido uma alucinação. Mas o copo de conhaque que o gigante tinha bebido era real o suficiente, deixado à mesa.

Fudge não ia deixar sua secretária tirar o copo no dia seguinte. Fazia com que ele tivesse certeza de que não era um lunático para poder fazer o que tinha que fazer. Ele telefonou para todos os jornalistas que conhecia, e todas as estações de televisão, escolheu sua gravata favorita e fez uma conferência à imprensa. Ele disse ao mundo que existia um homenzinho estranho andando por aí. Um homenzinho com olhos vermelhos. Ele falou para o público ter bastante cuidado para não contar a esse homenzinho onde as pessoas moravam. Assim que deu essa mensagem estranha, ele disse “Alguma pergunta?” Mas a sala ficou em completo silêncio. Evidentemente, eles todos pensavam que ele tinha esquecido de tomar seu remédio. Fudge voltou a seu escritório e se sentou observando o copo vazio de conhaque do gigante. Este era o fim de sua carreira.

A última pessoa que queria ver era Vernone Dursley. Dursley ficaria encantado. Dursley contaria felizmente os dias até que fosse Ministro, agora que Fudge ficara claramente mais louco do que um saco de amendoins salgados.

Mas Fudge tinha outra surpresa o aguardando. Dursley bateu na porta bem devagar, entrou no escritório, sentou-se em frente a ele e disse, sem rodeios,

“Você recebeu um deles, não é?”

“Um de” Fudge olhou para Dursley surpreso.

“Você – sabe?”

“Sim”, disse Dursley amargamente, “Sempre soube. Eu – sabia que existiam pessoas assim. É claro, nunca contei a ninguém.”

✦   

A maioria das pessoas

Talvez as pessoas a maioria pensasse mesmo que Fudge

Se as pessoas pensavam ou não que Fudge tinha se tornado estranho, o fato era que ele tinha feito os acidentes estranhos pararem de acontecer. Três semanas inteiras se passaram, e o copo de conhaque continuava na mesa de Fudge para lhe dar coragem, e nenhum ônibus saiu voando, as casas britânicas continuaram onde estavam, os trens pararam de mergulhar. Fudge, que não tinha contado nem à sra. Fudge sobre o gigante com a sombrinha cor-de-rosa, esperou e rezou e dormiu com seus dedos cruzados. Com certeza esse Dumbledore mandaria uma mensagem se conseguissem se livrar desse anão de olhos vermelhos? Ou esse silêncio terrível significava que o anão tinha de fato pego todo mundo que ele queria, que ele estava agora planejando aparecer no escritório de Fudge e fazer ele desaparecer por tentar ajudar o outro lado – seja lá quem eles fossem?

E aí – numa terça-feira –

[Nota do tradutor: aqui há um pulo de algumas páginas]

Mais tarde naquela noite, quando todos tinham ido para casa, Dursley entrou no escritório de Fudge carregando um berço, que colocou na mesa de Fudge.

A criança estava dormindo. Fudge espiou nervoso para dentro do berço. O menino tinha um corte na testa. Era um corte com um formato bem estranho. Parecia um raio.

“Vai deixar uma cicatriz, eu acho”, disse Fudge.

“A maldita cicatriz não importa, o que vamos fazer com ele?” disse Dursley.

“Fazer? Ué, você vai ter que levá-lo para casa, é claro”, disse Fudge, surpreso. “Ele é seu sobrinho. Seus pais sumiram. O que mais podemos fazer? Pensei que não quisesse que as pessoas soubessem que você tem parentes envolvidos nessas coisas estranhas?”

“Levá-lo para casa!” disse Dursley, horrorizado. “Meu filho Didsbury está com essa mesma idade, não quero que ele entre em contato com um desses.”

“Muito bem, então, Dursley, devemos tentar encontrar alguém que queira ficar com ele. É claro, vai ser difícil manter a história longe da imprensa. Ninguém mais sobreviveu nesses desaparecimentos. Haverá muito interesse -”

“Ah, muito bem”, interrompeu Dursley. “Eu o levo.”

Ele pegou o berço e saiu, perplexo e bravo, da sala.

Fudge fechou sua maleta. Era hora de ir para casa também. Ele tinha acabado de colocar a mão na maçaneta da porta quando uma tosse atrás dele o fez colocar sua mão no coração.

“Não me machuque! Eu sou um trouxa! Sou um trouxa!”

“Eu sei que é”, disse um resmungo.

Era o gigante.

“Você!” disse Fudge. O que foi? Ah, meu Deus, não me diga que-” Ele viu que o gigante estava chorando. Fungando em um grande lenço manchado.

“Acabou tudo”, disse o gigante.

“Acabou?” disse Fudge honestamente, “Não funcionou? Ele matou o Danderbor? Vamos todos ser transformados em escravos?”

“Não, não”, soluçou o gigante. “Ele sumiu. Todos voltaram. Diggle, os Bones, os McKinnons… todos voltaram. Seguros. Todo mundo que ele pegou voltou ao nosso lado e ele desapareceu.”

“Graças a Deus! Essa notícia é maravilhosa! Você quer dizer que o plano do sr. Danderbambol funcionou?”

“Ele nem teve a chance de colocá-lo em prática,” disse o gigante, enxugando seus olhos.

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Eu juro solenemente não fazer nada de bom.

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